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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

FUNCULTURA, com o Monólogo “Encontro com Fernanda”

Funcultura A Secretaria Estadual de Cultura (SECULT) fará a assinatura do Fundo Da Cultura do Espírito Santo (FUNCULTURA) nesta segunda-feira (03/11/2008), as 20:00 (a retirada dos ingressos deverá ser na segunda-feira, a partir das 12:00).

O Funcultura (interessante que fun em inglês, significa diversão) foi lançado no dia 21 de outubro, no Diário Oficial da União e tem como objetivo “incentivar a formação e fomentar a criação, a produção e a distribuição de produtos e serviços que usem o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual como principais recursos produtivos, e a tornar a atividade cultural uma importante estratégia nos programas de desenvolvimento do Estado.”, a solenidade contará com o governador do estado, Paulo Hartung, a Secretária do Estado da Cultura, Dayse Lemos, e a atriz Fernanda Montenegro, que apresentará seu monólogo “Encontro com Fernanda”. Segue abaixo a notícia que saiu no site da SECULT, da Assessora de Comunação Larissa Ventorim, e também um pouco sobre Fernanda Montenegro:

Governo do Estado lança Funcultura com presença de Fernanda Montenegro 31/10/2008

O Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo – Funcultura será lançado publicamente na próxima segunda-feira (03), às 20 horas, no Theatro Carlos Gomes. O governador Paulo Hartung e a secretária de Estado da Cultura Dayse Lemos participam da apresentação, realizada na semana de comemoração do Dia Nacional da Cultura. Para celebrar momentos tão importantes, a Secult apresentará, logo depois do anúncio, o monólogo “Encontro com Fernanda”, onde a atriz Fernanda Montenegro, uma das maiores expressões do universo artístico do Brasil, proporcionará um encontro intimista com o público.
A Lei Complementar nº 458, que dispõe sobre a criação do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo, foi publicada no Diário Oficial do dia 21 de outubro. E a partir de 2009, os artistas, produtores e agentes culturais já poderão ter acesso a uma nova forma de financiamento da atividade cultural.
Os recursos do Funcultura visam incentivar a formação e fomentar a criação, a produção e a distribuição de produtos e serviços que usem o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual como principais recursos produtivos, e a tornar a atividade cultural uma importante estratégia nos programas de desenvolvimento do Estado. “O acesso será transparente e democrático, através da publicação de editais públicos anuais que possibilitarão ao cidadão capixaba realizar projetos culturais de interesse público e de forte impacto social”, reforçou Dayse Lemos.
Os recursos do Funcultura serão constituídos de: dotação consignada no orçamento anual do Estado do Espírito Santo; doações, auxílios e transferências de entidades nacionais, internacionais, governamentais e não governamentais; empréstimos e outras contribuições financeiras de entidades nacionais e internacionais; recursos de transferências negociadas e não onerosas, junto a organismos nacionais e internacionais de apoio e fomento; recursos oriundos da amortização, correção, juros e multas dos financiamentos efetuados pelo próprio Fundo; e outros recursos, créditos e rendas adicionais ou extraordinárias que, por sua natureza, lhe possam ser destinadas.
Estão previstas também formas de financiamento, por intermédio do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo – Bandes, para desenvolvimento de projetos culturais. Os Editais de Incentivo à Cultura definirão os requisitos e as condições de inscrição de projetos candidatos à obtenção de apoio financeiro do Fundo, as hipóteses de vedação à participação no processo seletivo e os critérios para a seleção e a aprovação dos projetos inscritos.

Encontro com Fernanda
A entrada para o lançamento do Funcultura e da apresentação do “Encontro com Fernanda” será gratuita. Os ingressos, um convite por pessoa, serão distribuídos no dia do espetáculo na bilheteria do teatro, ao meio-dia.
O projeto “Encontro com Fernanda” surgiu de um desejo da atriz Fernanda Montenegro, sempre solicitada a falar em eventos, em estabelecer uma relação mais próxima com seus interlocutores, usando seu instrumento mais conhecido: a arte.
Através de uma especial reunião literária de valiosos escritores como Carlos Drummond de Andrade, Hilda Hilst, Clarice Lispector, Simone de Beauvoir, Fernanda chega até o cotidiano das relações humanas contando um pouco da sua experiência de vida, enquanto atriz, mulher, mãe, esposa, cidadã brasileira, e permanecendo de olhos e ouvidos bem abertos para partilhar com a platéia suas vivências.
Condensando objetivos culturais e sociais “Encontros” procura destacar o que há de mais humano no ser humano, sua sensibilidade artística, sua delicadeza. Trata-se de um espetáculo interativo.

Fernanda Montenegro
fernanda-montenegro01 Sobre Fernanda Montenegro, a escritora e dramaturga lnez Barros de Almeida escreveu:
O público, em gerações variadas, reconhece-a como uma atriz incomum, no rádio, no palco, na televisão, no cinema, nas notícias, nos comerciais, em salas de aula, em palestras, nas consagrações de homenagens e prêmios. Uma platéia bem menor, em tempos e espaços seletivos, observa-a, temperada de bom senso e bom humor, carregar as conquistas do seu talento sem dissimulações, modestas ou imodestas. O grupo mais íntimo sabe desta vibrátil sensibilidade de comediante conjugada a uma tremenda e estável organização mental, que discerne, indica, combina e justifica a artista demiúrgica – não satisfeita de provocar emoções e exaltações, agora nos faz o criativo apelo à partilha de suas experiências e reflexões em torno de uma qualidade sutil e ambígua que ela foi buscar em obras literárias da modernidade”.
Fernanda escolheu a delicadeza para desvendar um pouco de si mesma e, talvez, provocar em nós um pouco do que somos - trazendo um sopro saudável da sua inquietude artística ao nosso cotidiano, cada vez mais saturado de inconseqüências banais e de esperanças reduzidas pela desinteligência e pela brutalidade”.

fonte:Larissa Ventorim - Assessoria de Comunicação da Secult

Sobre Fernanda Montenegro

A busca do ser, o desejo de se saber quem é, sempre foi um desafio na vida de Fernanda Montenegro. Talvez, por causa do silêncio profundo que essa busca costuma encontrar como resposta, Fernanda tenha se transformado tantas e tantas vezes ao longo da vida. Provavelmente, por causa dela, tenha optado pela carreira de atriz.
Descendente de portugueses e italianos, Arlette Pinheiro Esteves da Silva, após o casamento com o também ator Fernando Torres, em 1953, passou a assinar Arlette Pinheiro Monteiro Torres. Mas tornou-se conhecida mesmo como Fernanda Montenegro. Em todo o Brasil e agora em todo o mundo, com o sucesso de "Central do Brasil". O nome Fernanda foi escolhido ainda na adolescência por ter, segundo ela, uma sonoridade que remete aos personagens dos romances de Balzac ou Proust. Montenegro veio de um médico homeopata que não chegou a conhecer, mas que era amigo da família e tido como operador de verdadeiros "milagres".
O "nome mágico" Fernanda Montenegro apareceu pela primeira vez quando ela trabalhava no rádio, fazendo traduções e adaptações de peças literárias para o formato de radionovelas. Não tinha 20 anos e, para completar o orçamento, ainda dava aulas de português para estrangeiros na Berlitz, mesma escola de idiomas em que aprendia inglês e francês. Na base da inspiração e, principalmente, da transpiração, Fernanda se projetou como uma das principais atrizes e pode, hoje, ser apontada como uma artista que se fez por si própria, uma verdadeira self-made woman. Junto com colegas do Rio de Janeiro e de São Paulo, como Sérgio Britto, Ítalo Rossi, além de seu próprio marido, conferiu maior dignidade ao teatro brasileiro a partir da década de 50.
A carreira artística de Fernanda Montenegro se divide entre o teatro, a televisão e, nos últimos anos com maior intensidade, o cinema. A estréia no teatro se deu, verdadeiramente, em 1950, na peça "Alegres Canções nas Montanhas", ao lado de Fernando Torres. O relacionamento com o ator culminou num casamento que dura até hoje. Da união, nasceram a também atriz Fernanda Torres e o cenógrafo, programador visual e agora diretor de cinema Cláudio Torres. Foi ainda no começo da década de 50, também, que teve seu primeiro contato com a televisão, trabalhando em teledramas policiais.
Fernanda utilizou esse tempo para aprimorar seus conhecimentos sobre o teatro e, a partir de 1952, definiu-se pelos palcos, sem pertencer, entretanto, a uma escola dramática definida. Em pouco tempo, tornou-se figura respeitada nacionalmente. Fez várias peças ao lado do marido e de atores como Sergio Britto, Cacilda Becker, Nathalia Timberg, Cláudio Correa e Castro e Ítalo Rossi.
No começo da década de 60, já estabelecida em São Paulo, atuou na televisão encenando mais de 170 peças no programa "Grande Teatro Tupi". A partir de 1963, começou participar de telenovelas. Mas foi somente a partir de 1979 que sua presença se tornou mais marcante na telinha. Fernanda tornou-se o nome preferido dos autores - e do público -, tendo atuado em várias produções da Rede Globo, incluindo novelas, especiais e minisséries.
Fernanda Montenegro estreou no cinema em 1964, quando atuou na adaptação do diretor Leon Hirszman de "A Falecida", obra de Nelson Rodrigues. Mas foram poucas as suas participações no cinema, comparando-se com os trabalhos no teatro e mesmo na televisão. A mais notória, antes de "Central do Brasil", se deu em "Eles Não Usam Black Tie" (1980) do mesmo Hirszman. Fernanda atuou ao lado de Gianfrancesco Guarnieri e a produção ganhou o Leão de Ouro, como melhor filme, no Festival de Cinema de Veneza.
O teatro, na verdade, jamais deixou de ser sua prioridade. Em 1982, ela ganhava, por exemplo, os prêmios Molière especial e de melhor atriz por sua atuação em "As Lágrimas Amargas de Petra von Kant". São inúmeros os prêmios conquistados por Fernanda Montenegro ao longo de sua carreira teatral.
Apontada por colegas de palco como uma atriz capaz de aliar como ninguém técnica e instinto, Fernanda dá razão à teoria de Vittorio Gassman, segundo a qual os atores vivem uma espécie de esquizofrenia canalizada, uma forma de demência criativa da qual muitos não voltam, como foi o caso de Antonin Artaud.
Por sua enorme expressividade, foi qualificada por um crítico como atriz dotada de "rosto de borracha", tamanha sua capacidade de mudar a expressão e de se adaptar às características do personagem, sempre de forma convincente. Há quem diga que esse atributo foi herdado por sua filha, a atriz Fernanda Torres, que foi laureada com a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1986, como melhor atriz, por sua atuação no filme "Eu Sei Que Vou Te Amar".
Apesar de extremamente versátil, Fernanda Montenegro considera-se uma atriz convencional. "Pertenço a uma geração não romântica, sem vedetismos. Não gosto de intérprete que só trabalha quando o centro do palco é seu. Também odeio elencos subservientes. Gosto de trabalhar com atores potentes, que participam do ritual, livres da competição destruidora."
Essa grandiosidade, só encontrada em personalidades que reconhecem a humildade, lhe rendeu o convite para participar da vida política. Em 1985, foi convidada pelo então Presidente da República, José Sarney, para ser ministra da cultura. Obteve o apoio unânime de toda a classe artística e da opinião pública, mas recusou por saber não ser essa a sua real vocação.
Mas a relação com o poder nem sempre foi assim tão afável. Em 1979, ainda durante a ditadura militar no Brasil, Fernanda e seu marido foram alvo de um atentado por parte de um dos vários grupos paramilitares que atuavam com a conivência do sistema vigente. Saiu ilesa, mas, na época, precisou cancelar apresentações e atuou com as luzes do teatro acesas e amparada por seguranças durante algum tempo. Mas os anos de chumbo passaram e o talento de Fernanda Montenegro pôde ser cantado livremente na voz do cantor Milton Nascimento, que lhe homenageou com a música "Mulher da Vida".
Mulher dos palcos, dos estúdios de televisão e agora, mais do que nunca, cinematográficos, Fernanda Montenegro está tendo um merecido reconhecimento no cenário internacional por sua atuação em "Central do Brasil", filme do diretor Walter Salles. E, ao que parece, o "vírus" do cinema parece tê-la conquistado de vez. A atriz está em "Traição", filme dividido em três episódios, tendo como tema central o adultério. Fernanda tem participação especial em todos. Em um deles, é dirigida por seu filho, Cláudio Torres.

Fonte: Fernanda Montenegro – Site Oficial

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Leitura Dramática “O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade

Praticamente um semana depois da 4ª Edição do Festival Nacional de Teatro da Cidade de Vitória, a cidade ainda fervilha com peças e leituras dramáticas. antes de mais nada, quero dar os parabéns ao espetáculo “O Figurante Invisível”, do Grupo Quintal, que encerrou sua temporada no Teatro Galpão, na fim de semana passado. Um trabalho estupendo, ele levaram ao palco, conosco junto.

Hoje, estréia em Vitória, a peça de Milson Henriques, com roteiro e direção dele, “Muito + Que Amor”, no Teatro do Sesi, e ficará lá durante todo o mês de novembro de 2008. O primeiro texto romântico de Milson Henriques. Enquanto, no Teatro Galpão, retorna a atriz, bailarina e violinista Paula Ferrão, com sua peça “Quando Ando em Pedaços: Notas Sobre Minha Mãe”, que já esteve aqui, uns meses antes do Festival. Mas como eu já falei dessas duas, hoje vou falar do próximo trabalho em conjunto do SESC com a Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Escola de Teatro e Dança Fafi. a Leitura Dramática “O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade.

Como sempre, a Leitura Dramática é o resultado de um oficina, oferecida pelo SESC, na Fafi, e os que participaram terão a possibilidade de apresentar o que aprenderam. O texto de Oswald de Andrade foi escrito em 1933, durante o Movimento Modernista, mas só veio ao público em 1967, quando as obras do escritor começaram a ser feitas nos palcos Sua primeira encenação foi pelo Teatro-Oficina de José Celso Martinez Côrrea, servindo como referência de espetáculo-manifesto para os outros gêneros artísticos.

Segue abaixo um release e a sinopse da peça:

Sesc Dramaturgia

Leituras em Cena

fafi-sescCom o objetivo de propiciar o conhecimento, a prática e a democratização das Artes Cênicas, o projeto nacional “Sesc Dramaturgia: Leituras em Cena”, completando agora dez anos de existência, apresenta a Leitura Dramática do texto: “O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade, considerado um dos grandes escritores modernistas brasileiros. O desenvolvimento desse projeto, em parceria com a Escola de Teatro e Dança Fafi, tem obtido uma ótima repercussão junto ao público e, tanto pela qualidade resultante de uma oficina de preparação e o processo de pesquisa quanto pela realização da leitura, em muito vem contribuindo para a formação de platéia para o movimento do teatro capixaba.

Oswald de Andrade

retrato_de_oswald_de_andrade Nascido em São Paulo, Oswald de Andrade (1890-1954) foi poeta, romancista, ensaísta e teatrólogo. Em defesa da pintura expressionista de Anita Malfatti, tornou-se figura de destaque no Modernismo Brasileiro, além de trazer de sua viagem à Europa as idéias das vanguardas daquele continente, sobretudo as futuristas de Marinetti. Teve intensa participação na Semana de Arte Moderna, lançou o Manifesto Pau-Brasil e fundou a Revista Antropologia. Oswald inaugura uma nova forma de teatro no Brasil, o Teatro Antropofágico (resultado do Movimento Antropofágico, que tinha por objetivo a deglutição da cultura do exterior e dos descendentes das nações que habitam o Brasil), estabelecendo um constante diálogo com outras culturas, outras obras e outros contextos. Fato este que afirma a contemporaneidade como seu traço mais marcante, ou seja, sua obra vai revelar uma inovadora dramaturgia a partir da relação intertextual, social e política da época para assim, refletir as contradições da cultura brasileira daquele momento.

O REI DA VELA

Oswald de Andrade

o-rei-da-vela A proposta de leitura dramática da peça “O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade, se sustenta – para além da importância de seu sentido estético – como um resgate dessa relevante obra de comemoração dos 40 anos da Tropicália (“movimento cultural brasileiro que surgiu sob a influência das correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira” – Wikipedia). “O Reis da Vela”, de Oswald de Andrade, apesar de escrito em 1933, justifica-se – em primeiro lugar – por ser o autor de grandes expoentes do modernismo no Brasil que, diga-se de passagem, é o ponto de partida do movimento tropicalista. Em segundo, foi justamente no apogeu do tropicalismo que José Celso Martinez Corrêa, com o seu Teatro-Oficina, encenou “O Rei da Vela”, considerado o espetáculo-manifesto, que se tornou referência para muitos outros gêneros artísticos como a música, o cinema, as artes plásticas e a literatura.

Wilson Coelho, Outubro/2008

Ficha Técnica

Direção: Luciana Moraes

Iluminação: Edgard Barbosa

Sonoplastia e Trilha Sonora: Murilo Iglesias

Cenário e Figurino: Produção Coletiva

Coordenação de teatro: Wilson Coelho

Foto: Daiana Scaramussa

Realização: SESC/ES e FAFI

Elenco: Carlos Henrique Felberg (Abelardo I); Luciana Soares (Dona Cesarina); Daniel Polt (cliente; Totó Fruta do Conde); Erik Martincues (Americano; Perdigoto); Felipe Piethá (Coronel Berlamino); Ismael Inoch (Pinote Intelectual); Luciana Busatto (Joana (João dos Divãs)); Mell Nascimento (Dona Poloca); Nazaré Xavier (Secretária nº 03); Thiara Pagani (Holisa de Lesbos); Werlesson Grassi (Abelardo II)

O Movimento Modernista

Iniciado em 1922, centrou-se principalmente na literatura e nas artes plásticas. Na década de 1920, entretanto, nada de expressivo aconteceu no teatro. Somente na década seguinte, com a dramaturgia de Oswald de Andrade, é que começava a nascer, efetivamente, o teatro moderno no Brasil. Entretanto, as peças de Oswald ficaram inéditas para o palco até 1967. Em “O Rei da Vela”, percebe-se já a forma irreverente de se tratar das próprias tendências vanguardistas. Tome-se como exemplo a passagem em que o intelectual Pinote (que usava uma faca para darfacadinhas, insto é, pedir dinheiro emprestado) explica para Heloísa que não é mais um escritor adpto do movimento futurista. PINOTE:Cheguei a acreditar na independência… Mas foi uma tragédia! Começaram a me tratar de maluco. A me olhar de esguelha. A não receber me receber mais. As crianças choravam em casa. Tenho três filhos. No jornal também não pagavam, devido à crise. Precisei viver de bicos. Ah! Reneguei tudo. Arranjei aqueleinstrumento (mostra a faca) e fiquei passadista”

1. Andrade, Oswald de. O Rei da Vela. 2ª Ed. São Paulo: Globo, 2004. Obras Completas de Oswald de Andrade. p. 58.

sábado, 25 de outubro de 2008

Seminário do Plano Nacional de Cultura – Espírito Santo

Vai acontecer nos dias 29 e 30 de outubro de 2008 (quarta e quinta-feira, respectivamente), o seminário do Plano Nacional de Cultura (PNC), no Espírito Santo. O seminário é um projeto do Ministério da Cultura (MinC), em conjunto com a Secretaria Estadual de Cultura do Espírito Santo (SECULT-ES), com a Secretaria Municipal de Cultura de Vitória (SEMC) e a Comissão de Educação e Cultura da Câmara de Deputados (CEC).

Os seminários têm viajado o Brasil inteiro, runindo gestores culturais, representantes da sociedade civil para “avaliação e aperfeiçoamento do texto que irá subsidiar a votação do Projeto de Lei do Plano Nacional de Cultura no Congresso Nacional”.

O evento acontecerá no Alice Vitória Hotel e abrirá incrições gratuitamente a partir das 08:30. O interessados devem procurar o auditório do Hotel, para fazer sua incrição e participar das palestras, oficinas e grupos de trabalho. Segue abaixo o que se encontra no site sobre o seminário… Ah, você também pode ver mais informações no site Pontão Culturartes ou no Grupo Opiniões Cênicas:

seminario-pnc-convite Seminário Plano Nacional de Cultura - Espírito Santo

Vitória sedia, nos dias 29 e 30 de outubro, segundo encontro do ciclo de debates do PNC na região Sudeste

Nos dias 29 e 30 de outubro, o Ministério da Cultura e a Câmara dos Deputados promovem em Vitória o Seminário do Plano Nacional de Cultura - Espírito Santo. Será o segundo encontro do ciclo de debates do PNC na região Sudeste, reunindo gestores culturais, da área governamental e da iniciativa privada, e representantes da sociedade civil para avaliação e aperfeiçoamento do texto que irá subsidiar a votação do Projeto de Lei do Plano Nacional de Cultura no Congresso Nacional.

O evento será realizado no Alice Vitória Hotel (Rua Cel. Vicente Peixoto, nº 95, Praça Getúlio Vargas, Centro) e tem o apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Espírito Santo e da Secretaria de Cultura de Vitória.

Inscrições para o Seminário do Espírito Santo

Vitória sedia segundo encontro da região Sudeste, dentro do ciclo de debates estaduais sobre as diretrizes para o Plano

Gestores públicos e da iniciativa privada, artistas, produtores e representantes de movimentos sociais capixabas ligados à cultura se reúnem em Vitória, nos dias 29 e 30 de outubro, para discussão de propostas para o aprimoramento do texto que irá subsidiar a votação do projeto de lei do Plano Nacional de Cultura no Congresso Nacional.

O evento é uma iniciativa do Ministério da Cultura e da Câmara dos Deputados e recebe o apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Espírito Santo e da Secretaria de Cultura de Vitória. As inscrições podem ser feitas gratuitamente pela internet, por meio do formulário disponível neste link.

O Espírito Santo é o segundo estado da região Sudeste a sediar um dos Seminários Estaduais sobre as diretrizes para o Plano. As discussões foram iniciadas em junho, em Minas Gerais, e já foram realizadas no Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Salvador, Sergipe, Alagoas, Recife, Amapá e Florianópolis, Mato Grosso Sul, Paraíba, Tocantins, Goiás e Mato Grosso. Até o final do ano o ciclo vai passar por todos os estados do País.

Com uma média de 200 participantes reunidos em cada capital, os Seminários Estaduais do Plano Nacional de Cultura oferecem espaço para a ampla discussão sobre as linhas de orientação para as políticas públicas de longo prazo de cultura. O processo de construção dessas diretrizes está em curso desde 2003, por meio de ações organizadas pelo poder público e abertas à participação social.

As contribuições recolhidas em todos os estados são publicadas neste site, fórum virtual que também possibilita o registro de propostas de forma remota. Saiba como aqui

PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO DO PLANO NACIONAL DE CULTURA - ESPÍRITO SANTO

LOCAL: Alice Vitória Hotel - Praça Getúlio Vargas, s/nº, Centro, Vitória

QUARTA-FEIRA, DIA 29

  • Abertura - A solenidade está marcada para as 9 horas. Estarão presentes representantes dos segmentos culturais gaúchos e dos poderes Legislativo e Executivo do governo estadual e federal.
  • Oficinas - Em seguida, das 14 às 18 horas serão oferecidas oficinas de capacitação de agentes e gestores culturais. Durante essa atividade, serão apresentados temas relacionados às políticas do ministério.

QUINTA-FEIRA, DIA 30

  • Grupos de trabalho - Os debates sobre as diretrizes do Plano serão distribuídos em cinco grupos de trabalho (GTs), que vão se reunir das 9 às 18 horas. Os temas dos GTs correspondem às cinco estratégias gerais do caderno de propostas de diretrizes para o PNC:

Informações: (61) 3316-2012/2294, na Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura;

e (27) 3345-9366 e planonacionaldecultura@secult.es.gov.br, na Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Espírito Santo.

(Fonte: Secretaria de Políticas Culturais/MinC)

Publicado por Comunicação Social/MinC e danielhora

Festival e Prêmio Omelete Marginal de Arte Resistente 2008

banner-topo Se iniciou a votação para o Prêmio Omelete Marginal de Arte Resistente 2008.

iu-omelete_marginal Após uma vasta escolha de personalidades da música, do teatro, do cinema, da dança, da TV e outros caclique aquimpos do entretenimento e cultura capixaba, a equipe do site Intervenções Urbanas e da Revista Omelete Marginal, escolheram os mais votados e num coquetel de abertura, mostraram as pessoas presentes os selecionados (pena que não pude ir!). São vinte e seis categorias (personalidade, banda ou artista, disco, show, vídeoclipe, festival, evento ou festa, DJ, filme, diretor de cinema, documentário, ator de cinema, atriz de cinema, peça teatral, diretor teatral, ator teatral, atriz teatral, dança, artes plásticas e visuais, moda, literatura, fotografia, site, jornalismo cultural, programa de TV e programa de rádio), cada uma com cinco candidatos. O que é necessário? Você se registra no site Intervenções Urbanas (clique aqui!) e depois vote individualmente em cada um que você preferir.

A premiação acontecerá nos dias 13 e 14 de dezembro de 2008 (sábado e domingo, respectivamente), no Parque Pedra da Cebola, onde terão shows, performances, apresentações de teatro de rua e muitos outros. Entre, vote e participe. Prêmio Omelete Marginal de Cultura Resistente 2008, os melhores escolhidos por nós

Querendo saber mais sobre cada um dos candidatos, entre em Saiba mais sobre os indicados ao Prêmio Omelete Marginal 2008”. Boa sorte!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Circulação Cultural SECULT - 23 a 26/10

A Secretaria Estadual de Cultura (SECULT) continua com o projeto Circulação Cultural. Desde ontem (23/10/2008), teatro e música circulam pelas cidades do estado. Hoje (24/10/2008), Em Castelo estará Nosferatu, com Marcelo Ferreira e em Viana estará Flor de Nanã, do Grupo Experimental Capixaba. No dia 25/10/2008 (sábado), em Afonso Claudio terá O Moço Que Casou Com Mulher Braba, Em Itaguaçu, A Feira, do Grupo Vira Latas e em Viana a Incrível Peleja de Zefa e a Morte, da Cia. Arautos.
Segue abaixo o convite que me foi enviado pela Secretaria:

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

"Quando Ando em Pedaços: Notas Sobre Minha Mãe”, no Teatro Galpão

Depois de uma temporada fora do estado, o espetáculo "Quando Ando Em Pedaços: Notas Sobre Minha Mãe", retorna no Teatro Galpão. A peça, estrelada pela atriz, bailarina e violinista Paula Ferrão, esteve no Teatro Carlos Gomes, em julho de 2008 e graças a boa repercursão que teve, retorna novamente.

Paula nos mostra em palco todo seu talento artístico interpretando num “solo cênico-musical” a busca pela “mãe”, que é usada aqui como “símbolo principal da própria representação do consciente.

A idéia é nos mostrar a história da artista Adelina Gomes, que viveu durante quase toda sua vida internada no Hospital Psiquiátrico Pedro II, em Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, e lá desenvolveu pinturas, desenhos artísticos e esculturas. Sobre ela e outros artistas foi feito um filme, em 1989, “Imagens do Inconsciente” e seu acervo pode ser visto no Museu de Imagens do Inconsciente, que começou por iniciativa da psiquiatra Nise da Silveira.

Retornando ao trabalho de Paula Ferrão, sob direção de Lily Curcio e Abel Saavedra, o espetáculo estará em cartaz nos dias 29 e 30 de outubro de 2008 (quarta e quinta-feira), no Teatro Galpão, as 20:00. Os ingresso estarão aos preços de R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).

Querendo saber mais detalhes desse trabalho da artista, clique aqui. Ou então entre no blog so espetáculo: Quando Ando em Pedaços.

Desejo a todos um bom espetáculo. Segue abaixo uma mera descrição, para melhor conhecimento:

Paula Ferrão convida a todos para novas apresentações que fará em Vitória de seu novo trabalho, o espetáculo cênico-musical "quando ando em pedaços ou notas sobre minha mãe". Este solo é resultado de uma pesquisa em torno da vida e obra de Adelina Gomes, paciente de Nise da Silveira no antigo Hospital Psiquiátrico de Engenho de Dentro (RJ) que produziu ao longo de sua vida e internação mais de 17.500 obras entre desenhos, pinturas e esculturas. É um espetáculo onde a música toma o lugar da palavra e a rabeca vira forma de expressão. Este trabalho recebeu o Prêmio Myriam Muniz de Teatro da FUNARTE em 2007 e tem uma equipe composta por artistas de Campinas, Vitória (ES) e Curitiba (PR). Estreou este ano no mês de julho em Macaé e já fizeram 2 apresentações em Vitória, também em julho, no Theatro Carlos
Gomes.

Desta vez estará nos dias 29 e 30 de outubro, uma 4a e 5a-feira, às 20h no Teatro Galpão, que fica na Reta da Penha próximo ao Detran e Wall Mart.

SERVIÇO

Espetáculo "Quando ando em pedaços ou notas sobre minha mãe", um solo cênico-musical de Paula Ferrão

dias 29 e 30/10, 20:00h - Teatro Galpão (Av. Nossa Sra. da Penha, 2490)

ingressos populares: R$10,00/5,00

informações: (27) 9954-6622

Sinopse:

Um lugar habitado por estranhas e imensas figuras. Um lugar onde tudo pode a qualquer tempo se transfigurar. Duplas-mensagens emanam de todos os cantos. Como recolher os pedaços e encontrar a saída?

Um mergulho peito adentro em busca da Grande Mãe em suas múltiplas manifestações, símbolo principal da própria representação do inconsciente - é este o convite de "quando ando em pedaços ou notas sobre minha mãe", um solo cênico-musical que através do teatro, da dança, da música (rabeca) e do teatro de animação busca acessar este lugar outro, este tempo outro, que é espaço-tempo do inconsciente.

O espetáculo teve como inspiração a vida e a obra de Adelina Gomes, antiga paciente da Dra. Nise da Silveira no Hospital Psiquiátrico de Engenho de Dentro (RJ). Autora de mais de 17.500 obras entre pinturas, desenhos e esculturas, Adelina vivenciou uma incrível trajetória de auto-cura através da sua arte.

Ficha Técnica:

Idealização, pesquisa e atuação: Paula Ferrão

Concepção cênica e direção: Lily Curcio e Abel Saavedra (Seres de Luz Teatro)

Direção musical e música original: Edith de Camargo

Gravações e arranjos: Paula Ferrão

Cenografia e desenho de luz: Abel Saavedra

Figurino: Daphne Cristina

Assessoria coreográfica: Holly Cavrell (assistente: Sara Mazon)

Assessoria teórica: Paulo DePaula

Técnico de gravação e operação de áudio: gusta.volp

Montagem e operação de luz: Hugo Cacilhas

Fotografia: Márcia Teani

Design gráfico: Ana Muriel

Produção local: Diego Baffi

Produção geral: Paula Ferrão

Espetáculo indicado para maiores de 16 anos – temática adulta

Duração: aprox. 55 minutos.

Contato: (19) 9199-6221, Campinas, SP

http://quandoandoempedacos.blogspot.com/

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Muito + Que Amor, de Milson Henriques

As surpresas sempre acontecem quando menos esperamos. A maior, pra mim, é ver o escritor, desenhista, roteirista, ator, diretor (ufa!) Milson Henriques escrever uma peça romântica. Estréia em Vitória - ES, a peça "Muito + Que Amor", de Milson Henriques, com direção dele mesmo. No elenco os atores Gustavo Bastos e Ramariane Moro.
Aprovado na Lei Rubem Braga, da Secretaria Municipal de Cultura (SEMC) e na Lei de Incentivo "Alvim Barbosa", da Secretaria Estadual de Cultura (SECULT), o texto escrito de Milson Henriques aborda a história de um casal que conversa sobre o amor. Não vou falar mais, para não estragar a sinopse que o ator e produtor Gustavo Bastos me enviou (Valeu Gustavo!).
A peça estréia no dia 29/10/2008 (quarta-feira), no Teatro do Sesi, as 20:30. Permanece durante o mês de novembro de 2008, em cartaz, no teatro. Segue abaixo o que me foi enviado. Não se esqueçam que se quisermos nosso teatro valorizado, precisamos - nós - valorizá-lo. Bom espetáculo a todos!

Espetáculo Teatral "Muito + que amor"



Milson (acredite) decidiu falar sério, e escreveu um romance, de nome "Muito + que amor". Copiando as grandes capitais, que para incentivar a cultura oferecem apresentações teatrais também nas quartas-feiras, ele escolheu esse dia para a temporada de estréia do espetáculo, que será apresentado toda quarta, de 29 de outubro a 26 de novembro, sempre às 20h30, no Teatro do SESI - Jardim da Penha.
O espetáculo foi aprovado pela Lei Rubem Braga, contemplado pelo Prêmio incentivo Alvim Barbosa, da SECULT - ES, e conta com o apoio da Rede Vitória.


RELEASE

Quando se fala em Milson Henriques, todos logo pensam: lá vem irreverência... Isto se deve ao fato deste magnífico autor ser famoso pela sua habilidade em transformar assuntos dos mais variados temas, em piada inteligente. Mas como será um texto deste autor sem o objetivo de fazer rir, e sim de pensar e refletir sobre o sentimento mais forte do mundo?
O genial Milson Henriques presenteia os amantes do teatro com mais uma de suas obras primas: o espetáculo teatral “Muito + que Amor”. A peça tem como objetivo principal levar as pessoas a refletirem sobre sentimentos, tentando mostrar, em especial aos jovens, como eles muitas vezes se enganam e que, no mundo atual, o “eu te amo” está desgastado.
O espetáculo “Muito + que Amor” conta a história de um casal de namorados que, após um terrível acidente, numa conversa sincera, descobre que o amor é algo muito mais forte do que imaginamos. A peça não se passa em um local pré-definido, assim o público tem a liberdade de “viajar”, imaginando: os dois estão mortos? Vivos? Nem o próprio Milson sabe dizer. Nenhum adulto acredita em Papai Noel, mas faz filmes sérios sobre ele. Pouquíssimos crêem em fantasmas, mas “Ghost” fez o maior sucesso. Por que não acreditar no “faz de conta”? Não se trata de um texto espírita nem de mais uma história romântica, mas sim de um romance histórico.
Conhecido mais pelos textos cômicos, destacando “Hello Creuzodete”, Milson mostra que também sabe fazer o público pensar coisas sérias, com uma história totalmente diferente do padrão já explorado.
A peça conta com uma equipe de profissionais enxuta, mas que se dedicou plenamente ao projeto. O próprio Milson assina a direção do espetáculo, que traz no elenco a estreante Ramariane Moro, e o ator Gustavo Bastos. Gustavo, aliás, é Assistente de direção e Produtor do espetáculo. Na iluminação, Ary Roaz transforma a luz em mais um personagem. E no cenário, a experiente Colette Dantas faz o público viajar para um lugar indefinível, transitório, que ajuda a provocar a reflexão das questões citadas.
Certamente este espetáculo levará o público a conversas e esclarecimentos muito interessantes.



Serviço:

Espetáculo Teatral “Muito + que Amor”

Texto e direção: Milson Henriques

Elenco: Ramariane Moro e Gustavo Bastos

Duração: 60 minutos

Estréia: 29 de outubro, quarta-feira, às 20h30

Temporada: todas as quartas-feiras de novembro (sempre às 20h30)

Local: Teatro do SESI – Jardim da Penha

Informações: 3334-7301 / 9901-9866

Promoção: entregue na bilheteria uma frase com o verbo amar, e pague meia.


Patrocínio:





Apoio:



OBS (Muito impostante!): nesses 5 dias que o espetáculo ficará em cartaz no teatro do SESI, serão realizadas, no turno vespertino, apresentações gratuitas para os alunos do ensino médio da rede pública. As instituições interessadas devem entrar em contato pelo telefone 9901-9866, para agendar uma data e reservar os convites.

4ª Edição do Festival Nacional de Teatro da Cidade de Vitória – Comentário Final

É, o que é bom, dura pouco, mas se repete todo ano. Ontem (21/10/2008) terminou a quarta edição do Festival Nacional de Teatro da Cidade de Vitória. Uma análise do que vi, gostei de 90%. Mas antes vamos falar sobre o que eu vi ontem. Conclui o festival assistindo “Uma Temporada no Inferno”, com roteiro de Wilson Coelho.

Vamos começar falando sobre o poeta do qual o texto se refere, Arthur Rimbaud.

rimbaud O poeta francês Jean-Nicholas Arthur Rimbaud nasceu em Charleville e morreu em Marselha. Viveu durante 37 anos, nos quais no final deles, foram conturbados e confusos.

Aos 27 anos, teve um romance tempestuoso com o poeta simbolista Paul Verlaine. tinha uma vida regrada de vícios, bebendo Absinto e fumando haxixe.

Em 1876, depois de se separar pela segunda vez de Paul Verlaine (os dois se encontraram na Alemanha, depois de Verlaine se solto da prisão e se converter ao catolicismo), decidiu parar de escrever e se juntar ao Exército Colonial Holandês, mas desertou e retornou à França. Em 1878, foi para o Chipre para trabalhar como capataz, mas por causa de uma febre tifóide, voltou novamente ao seu país de origem. Então, em 1884, se estabeleceu na Etiópia, com mercador de café e armas. Terminou perdendo uma das pernas devido a um tumor maligno no joelho direito. Retornou à França, foi internado em Marselha, onde faleceu. Em 1891, foi enterrado no jazigo da família.

É a partir desse momento na Etiópia que se refere o texto de “Uma Temporada no Inferno”. Em momentos de delírios devido as drogas, ele se lembra das discussões com a mãe sobre religião, do término de seu romance com Paul Verlaine e dos mortos durante seu período como combatente em Java. Seus problemas pioram quando as negociações de armas não saem como esperado. Nas formas dos poemas de Rimbuad, sua história e contada de forma magistral e bem feita. Mas existe um sério problema que acontece sempre. Uma peça dessas é histórica, então terminam indo muitos alunos assistí-la, e quando eles são forçados a isso, terminam não dando a mínima do que está em cena e ficam conversando alto, atrapalhando àqueles que querem assistir a peça. Hoje, como último dia dessa edição, esperava curtir a peça, sem problemas, mas foi preciso pedir silêncio duas vezes, para depois, quando estou saindo, ouvir: “Não entendi nada!”

Deixando isso de lado, devo agradecer a todos que me ajudaram a participar dessa maratona de teatro. Não sou ator de palco, mas amo o que acontece nele. A magia, o encanto, a fantasia que é realizada nele, nos deixa extasiados com o que vemos. Rimos, choramos, vivemos momentos nos quais podemos sentir raiva ou felicidade. Nada se compara a magia que o teatro pode proporcionar.

Agradeço a todas as 439 pessoas (somente em Vitória, foram 170) que passaram pelo blog Teatro Capixaba, durante esses nove dias de teatro. Foram peças dos mais variados tipos, desde comédias a dramas, musicais, leituras dramáticas, monólogos, teatros de rua, palestras e bate-papos com atores e diretores. Com espetáculos variando de bons a péssimos, a organização do Festival se saiu bem, mas poderia ter se saido melhor, se não fosse um pouco o lance dos ingressos reservados. Não posso reclamar tanto disso, pois se não fossem por esses, possivelmente não teria ido ao primeiro dia.

Quero agradecer ao diretora da Escola de Teatro e Dança Fafi Lilian Menenguci, ao ator Mauro Pinheiro, ao ator e diretor Wilson Nunes, a atriz Léia Rodrigues e a Assessora de Comunicação da Prefeitura Municipal de Vitória Loureta Samora. Sem a colaboração dessas pessoas, não teria sido possível para mim manter as pessoas que entraram no blog Teatro Capixaba informadas dia-a-dia sobre as peças ou mesmo assistir as peças do estado, para dar uma opinião sobre cada uma.

Obrigado e vamos manter a chama do teatro acesa. Vamos continuar assistindo aos espetáculos, seja antes, durante ou depois do festival, pois somente assim as pessoas terão conhecimento do profissionalismo e talento que os artistas capixabas têm.

E que venha “Muito + Que Amor”, de Milson Henriques, com Ramariane Moro e Gustavo Bastos. Vamos prestigiar o que temos aqui, pois se não o fizermos, ninguém fará por nós.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

4ª Edição do Festival Nacional de Teatro da Cidade de Vitória – Dia 09

E Chegamos ao dia derradeiro dessa edição do Festival. O último dia nos promete espetáculos de boa qualidade, como todos os outros dias fizeram. Nem sempre precisavam ser de fora do estado, pois podemos contar com trabalhos de qualidade aqui dentro também.

Durante minha maratona, indo de teatro em teatro, as vezes indo em dois no mesmo dia, vi excelentes espetáculos como também vi trabalhos medíocres, mas com textos que poderiam ser melhor trabalhados, tendo uma qualidade melhor de direção, talvez. Como já disse e repeti infinitas vezes, tentei assistir somente a trabalhos de dentro do estado e para minha satisfação, estamos de parabéns. Podemos não os teatros de melhor qualidade ou mesmo voltados somente para que em seus palcos sejam encenadas as artes cênicas, mas temos atores e atrizes que podem se comparados a qualquer ator ou atriz de fora do estado. Não vou fazer um levantamente total agora, pois vou deixá-lo para amanhã, quando farei uma melhor análise, após assistir “Uma Temporada no Inferno”.

Agora faço uma pergunta: Como podemos montar algo de Nelson Rodrigues em palco? Carregando no drama, fazendo-o tenso e pesado, ou simplesmente podemos brincar com as situações propostas pelo escritor, cronista, dramaturgo e torcedor do Fluminense? Essa é a pergunta que me fiz enquanto assistia “As Noivas de Nelson”, da Cia. Paulista de Teatro.

De forma divertida e descontraída, sem perder as intenções nas escritas dos contos de “A Vida Como Ela É…”, a Companhia nos mostra as propostas de casamento abordadas por Nelson Rodrigues (senti falta de As Gêmeas). De forma narrativa, eles nos mostram como Nelson Rodrigues podia ser divertido e irreverente. Alguns dos contos foram vistos no seriado que a Globo fez com os contos do escritor.

Com pouco mais que seis cadeiras, uma arca que servia para várias coisas, uma iluminação simples, com variações de luzes amarelas, brancas, vermelhas e azuis, a companhia montou e encenou muito bem os contos. Estão de parabéns! Hoje foi uma noite maravilhosa… Mas ainda não acabou!

Hoje (21/10/2008) é o último dia dessa edição do Festival. Chegando próximo ao final, teremos somente três peças, em três teatros de Vitória: Carlos Gomes, Sesi e Universitário. Uma será reapresentada e as outras terão sua primeira aparição no festival.

Tudo começa as 19:00, no Teatro Universitário, com a peça “Cadê Meu Herói?”, do Grupo Sobrevento, com direção de Luiz André Cherubini. No Teatro Carlos Gomes, as 20:00, o espetáculo “O Púcaro Búlgaro” será reapesentado, enquanto no Teatro do Sesi, será aprensentado “Uma Temporada no Inferno”, do Grupo Tarahumaras, com direção de Wilson Coelho.

O sistema continua. As entregas dos ingressos se inicia as 13:00, nas bilheterias dos teatros. Se não conseguir pegar seu ingresso, vá ao teatro que pretende assistir a peça e torça para poder entrar.

Seguem abaixo as sinopses. Bom espetáculo a todos!

Peça: Cadê Meu Herói?

Grupo Sobrevento/SP

Dia: 21 de outubro, às 19h

Local: Teatro Universitário - UFES

Duração: 1h

heroifoto1 Sinopse

Cadê o meu herói? é uma releitura dos antigos romances de cavalaria, da tradicional história da donzela que, aprisionada na torre do castelo por um barão malvado com quem não quer casar-se, espera a vinda de um herói que a salvará. A peça apresenta uma série de reviravoltas naquilo que deveria ser o decorrer natural da história, e termina por revelar que na vida real não existem heróis ou soluções milagrosas e que o diálogo é mesmo a melhor solução para todos os problemas. Cadê o meu herói? é um texto que nasceu para ser representado por fantoches e que não pode ser montado senão por bonequeiros.

Ficha Técnica

Concepção geral: Grupo Sobrevento. Texto: Horacio Tignanelli. Direção geral: Luiz André Cherubini. Manipulação: Sandra Vargas, Luiz André Cherubin/Anderson Gangla. Tradução: Luiz André Cherubini e Sandra Vargas. Dramaturgia: Horacio Tignanelli. Direção de manipulação: Yang Feng. Escultura dos bonecos: Mestre Saúba. Confecção dos bonecos e adereços: Renata Costa e Grupo Sobrevento. Cenário: Telumi Helen/Vânia Monteiro. Consultoria visual: Espaço Cenográfico - J. C. Serroni. Figurinos de bonecos e manipuladores: Sandra Vargas. Iluminação: Renato Machado. Direção musical e músicas originais: Marcelo “Lé” Zuravski/Sérgio Zurawski Jr. Direção de produção: Grupo Sobrevento. Produção executiva: Lucia Erceg. Assistência de confecção: Anderson Gangla

Tel: 11 – 3272-9684 / 3399-3589 (Sandra Vargas)

Email: grupo@sobrevento.com.br

Peça: O Púcaro Búlgaro

Aderbal Freire Filho/RJ

Dias: 20 e 21 de outubro, às 20hs

Local: Theatro Carlos Gomes

Duração: 2h

Pucaro_LauraAlvim-786809 Sinopse

São 40 breves cenas para contar a história de um homem que tem dúvidas sobre a existência da Bulgária depois de encontrar, num museu da Filadélfia, um púcaro búlgaro. Para se certificar, resolve iniciar uma expedição até lá. No bairro carioca da Gávea, inicia sua empreitada colocando um anúncio no jornal a fim de arregimentar uma equipe para a viagem, o que atrai tipos estranhos. A história é exatamente o diário dessa expedição. Intercala um humor popular, escrachado, com outro sofisticado e cheio de referências cultas, mais sutis.

Ficha técnica

Direção: Aderbal Freire. Texto original: “O Púcaro Búlgaro”, de Campos de Carvalho. Direção: Aderbal Freire Filho.

Elenco

Ana Barroso, Candido Damm, Gillray Coutinho, Isio Ghelman, José Mauro Brant

Tel: 21 – 2527-8241 / 8134-9303 (Ana Barroso)

Email: teatroana@uol.com

Peça: Uma Temporada no Inferno

Vitória - ES

Dia: 21 de outubro; às 20hs

Duração: 80 min

Local: Teatro do Sesi

wilson_coelho Sinopse

Baseado na vida e obra do poeta francês Jean-Nicholas Arthur Rimbaud. O inferno, enfatiza sua estadia na Abissínia (hoje Etiópia), onde – além de comerciante de peles, café e armas com as quais contribuiu para a vitória do guerreiro Menelik sobre os ingleses revive os delírios de sua poesia profética e sua e sua relação com as personalidades que marcaram sua vida.

Grupo Tarahumaras

Ficha técnica

Roteiro e encenação: Wilson Coelho; Cenografia: Gilbert Chaudanne; Iluminação: Uyara Pahins Coelho; Adereços: Berenice Pahins, Everaldo Nascimento e Gilbert Chaudanne; Fotografia: Sergio Cardoso; Filmagens: Ricardo Aguiar; Produção: Tarahumaras;

Elenco: Mauricio Fuziyama, Marcos de Castro, Ricardo Amaro, Diana Santos, Telma Smith, João Vitta, Ricardo Amaro, Hudson Braga, Berenice Pahins, Gilbert Chaudanne.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

4ª Edição do Festival Nacional de Teatro da Cidade de Vitória – Dia 08

Antes de começar este texto, preciso dizer a todos que me acompanham que não sou critico teatral e estou longe disso, aqui eu exponho minha opinião, somente. Não influencio ninguém a nada, mas como um ex-estudante de teatro, que conviveu com alguns dos melhores artistas que possuímos, tenho um parco conhecimento sobre interpretação, encenação e marcação em palco. Tudo que falo pode parecer pessoal, mas é uma mera opinião. Abro a quem quiser que dê sua opinião também (sendo que ninguém o faz), já que temos espaço para isso no blog. Que me critiquem, que critiquem as peças que eu coloco aqui, eu não ligo. É só clicar em “Opine!” e escrever o que desejar.

Agora vamos ao dia de ontem (19/10/2008), onde eu só consegui ver um espetáculo, já que todos eram no mesmo horário. Que arrependimento de escolha! Antes tivesse escolhido “Dinossauro”, mas como meu objetivo é de assistir peças do estado por causa do blog e não escolheria “Quem Casa quer Casa”, que não sei o motivo de estar no festival (já assisti a peça, então posso opinar). A opção ficou com “A Cor Desta Noite” do Grupo Gota, Pó e Poeira. Vamos lá, já que a opinião vai ser pesada e ainda preciso opinar “Quem Casa Quer Casa”.

Primeiro a história. Um artista plástico e sua modelo se encontram no atelier dele e começam a ter uma crise em sua “relação”. No desenrolar, descobrimos os motivos da relação ter começado e do motivo de não ter ido a frente.

Agora a peça em si. Me perguntaram: “Não tem nada de bom? Texto? Cenário? Iluminação? Figurino? Atores? Direção? Nada?”… Não é bem assim. O texto de Carlos Ola até foi bem escrito, tem um enredo bom, envolvendo duas pessoas que se conheceram casualmente e vivem uma tórrida relação, sendo que ela mantêm segredos que são descobertos no desenrolar da peça. O cenário é ótimo, o atelier do artista, onde ele pinta, esculpe e desenha. Além do cavalete, existem vários praticados e cadeiras, além de uma tela, onde faz-se projeção e um quadro com várias parte de roupas e objetos femininos.

A iluminação é muito bem realizada e elaborada, com vários tons de vermelho, amarelo e azul, álém de tons ocre e branco, que é o mais usado. Focos projetados sobre eles e pinos são parte também da iluminação, além de uma contra-luz que faz a projeção da silhueta, na tela. Com certeza, essa peça só funcionaria no Carlos Gomes, no Universitário ou no Sesi, devido a necessidade de uma iluminação mais apurada. O figurino era simples, uma dona de casa, que não liga para estar elegantes, um pintor que passa bastante tempo dentro de casa. Um figurino que pode ser comprado numa loja ou num bazar, nada muito emplogante, mas o que me importa mesmo não é nada disso.

Isso são só fatores que ajudam em cena, mas as vezes nem existe a necessidade disso tudo se você sabe interpretar e tem uma boa direção, e é aí que eles pecam. Carlos Ola tem quinze anos (dito por ele mesmo no final), mas não parece. Sua direção é um erro, sem contar que ele atua de forma linear, sem o minimo de intenção. As vezes que eles vêm ao procênio, são excessivas e repetitivas, sem contar que não parece ter relação com as cenas que se desenrolam. Por vezes eles se viram para o público, quando deveriam relacionar-se entre si. Parece mais um recital de poesia. A atriz Neuza de Souza é engraçadinha. Ela consegue fazer algumas pessoas do público rir, com seu modo de falar, quando deseja ser irônica com a situação que está passando e com olhares exagerados, mas quando é preciso interagir com seu colega de palco, ela sente certo receio de encará-lo. É uma pena que uma peça, com tantos fatores positivos, termine sendo um desastre exatamente porquê o que deveria funcionar, não funciona.

Agora vamos a outra peça que aconteceu no Teatro Universitário. Alguns vão se perguntar: “Como você pode falar de uma peça que nem viu?”, assim, se mudou alguma coisa desde que eu assisti na Fafi, então espero que tenha sido para bom. Mas comentando o que eu vi, quando eles atuaram na Fafi, sinceramente, Jota Jota precisa rever seus conceitos. Direção fraca, atuação – da maioria – fraca, mas como alguns se importam com isso, o figurino, a iluminação e o cenário estavam deslumbrantes. Eu não me importo para elementos, eu me importo com o ator, e tirando Wilton Bastos e Cristina Mascarenhas, os outros atores são fracos. Os atores cairam no caricaturismo, coisa que torna a atuação dificil de se aguentar, pois chega um momento que fica chato. Coisas que não se devem arriscar, fazer um gago e um fanhoso, pois sempre fica exagerado e chato, pois é repetitivo demais. Crie outro tipo de problema para a personagem, já que o ator não está apto para personificar um desses dois defeitos ou então faça com que ele estude o suficiente esses problemas, para não ficar feio. Não quero opinar muito, pois talvez eles tenham melhorado, não sei… Vamos deixar assim, minha opinião sobre a peça é que precisa ser revista.

Partindo para o dia de hoje (20/10/2008), estamos chegando ao final dessa edição do Festival Nacional de Teatro da Cidade de Vitória. Hoje só teremos três peças acontecendo nos teatros da capital. As 18:00, teremos na Escola de Teatro e Dança Fafi, a Leitura Dramática “Revolução dos Caranguejos”, com direção de Robson de Paula. As 20:00, teremos no Teatro Carlos Gomes a peça “O Púcaro Búlgaro”, com direção de Aderbal Freire, e no Teatro Universitário a peça “As Noivas de Nelson”, da Cia. Paulista de Artes, com direção de Marco Antônio Braz. Como sempre, para pegar seu ingresso, tem de pegar as 13:00, na bilheteria dos teatros, no caso da Fafi, passar na secretaria. Segue abaixo as sinopses de cada espetáculo que acontecerá:

Leitura Dramática - Revolução de Caranguejos.

Dia: 20 de outubro, às 18h

Direção: Robson de Paula

Duração: 1h

joão-goulart Sinopse

Em 1964, na primeira semana de abril, um estudante, um professor e um tenente escondem-se em um pequeno apartamento em Brasília, enquanto no país ocorre o Golpe Militar que derrubou o presidente João Goulart

Elenco

Hudson Braga, Cleverson Guerrera, Ricardo Amaro,

Ficha técnica

Texto: Antônio Carlos Neves

Direção: Robson de Paula

Operador de som: Anderson Ribeiro

Produção: João Vitta

Peça: As Noivas de Nelson

Cia Paulista de Artes/SP

Dia: 20 de outubro, às 20h

Local: Teatro Universitário - UFES

Duração: 1h20

asnoivasdenelson090308 Sinopse

As Noivas de Nelson é uma fantasia patético-surrealista baseada em cinco contos de “A Vida Como Ela É”, em que todas as histórias envolvem, de alguma maneira, o noivado, o casamento e a viuvez. Diante da ordem bíblica “crescei e multiplicai-vos” ou do chamado da natureza para a procriação da espécie, as narrativas traçam uma radiografia patética do ser humano e seus encontros e desencontros à procura do amor. Da exibição de pequenas falhas que ganham dimensões trágicas, o espetáculo reflete, com muito humor, a dicotomia Amor X Morte, elemento fundamental da ficção e do teatro de Nelson Rodrigues.

Ficha técnica

Texto: Nelson Rodrigues. Direção: Marco Antônio Braz. Assistente de direção: Anamaria Barreto. Figurinos e Cenários: Juliana Fernandes. Iluminação: Guilherme Bonfanti. Assistente iluminação: Rodrigo Gatera. Sonoplastia: Marco Antônio Braz/Nando Perlatti. Produção executiva: Marcelo Peroni. Assistente de produção: Marici Nicioli. Fotografia: João Ballas. Designer gráfico: Rosangela Torrezin

Elenco

Aline Volpi, Ana Paula Castro, Anamaria Barreto, Basilides Ortega, Edivaldo Zanotti, Marcelo Peroni, Marici Nicioli, Rosangela Torrezin, Vladimir Camargo, Vivi Masolli

Tel: 11 – 7140-3831 (Marcelo Perone)

Email: marceloperone@uol.com

Peça: O Púcaro Búlgaro

Aderbal Freire Filho/RJ

Dias: 20 e 21 de outubro, às 20hs

Local: Theatro Carlos Gomes

Duração: 2h

Pucaro_LauraAlvim-786809 Sinopse

São 40 breves cenas para contar a história de um homem que tem dúvidas sobre a existência da Bulgária depois de encontrar, num museu da Filadélfia, um púcaro búlgaro. Para se certificar, resolve iniciar uma expedição até lá. No bairro carioca da Gávea, inicia sua empreitada colocando um anúncio no jornal a fim de arregimentar uma equipe para a viagem, o que atrai tipos estranhos. A história é exatamente o diário dessa expedição. Intercala um humor popular, escrachado, com outro sofisticado e cheio de referências cultas, mais sutis.

Ficha técnica

Direção: Aderbal Freire. Texto original: “O Púcaro Búlgaro”, de Campos de Carvalho. Direção: Aderbal Freire Filho.

Elenco

Ana Barroso, Candido Damm, Gillray Coutinho, Isio Ghelman, José Mauro Brant

Tel: 21 – 2527-8241 / 8134-9303 (Ana Barroso)

Email: teatroana@uol.com

domingo, 19 de outubro de 2008

4ª Edição do Festival Nacional de Teatro da Cidade de Vitória – Dia 07

Ontem (18/10/2008) foi uma noite de catarse total.

Tive a oportunidade de assistir “O Grande Circo Ínfimo”, do Grupo Z de Teatro. Se alguém ainda se pergunta por que eles ganharam o prêmio da Funarte, precisam conhecer melhor o trabalho do grupo. Fernando Marques, Carla Van Den Berger, Daniel Boone, Alexsandra Bertoli e Francina Flores mostram que sucesso se conquista a cada espetáculo. Vamos primeiro a história, uma estalagem que fica numa antiga estrada, termina tendo artistas de circo passando a sua porta. Dois deles tentam se alimentar, mas não tem como pagar. A dona do lugar, desiludida com a vida, pois seu ponto não tem mais clientes, devido a uma nova estrada construída, não lhes da o que comer e beber, um deles parte, mas o outro fica e começa a encantar a estalajadeira. Surgem então outros dois membros da antiga trupe circense, que mudaram de vida, por causa dos tempos dificeis. Quando o que viajou reaparece, também, já conseguiu um trabalho, mas não é como artista de circo. O desapontamento surge no coração daquele que ficou na casa, mas mesmo assim ele não desiste do sonho de trabalhar novamente com circo.

Deve ter ficado um pouco dificil de entender, pois esqueci os nomes das personagens, que são ótimos, engraçados. O artista que fica é Boone, que continua atuando como ninguém. O que viaja e retorna com outro trabalho é o Fernando “Dinho” Marques. A dona da estalagem é Alexsandra Bertoli. Os dois outros membros da trupe é novamente Fernando Marques (que se desdobra em dois personagens) e Francina Flores.

A homenagem é ao circo, um local onde a magia surgia aos olhos das crianças, jovens e adultos. Onde foi parar o velho circo? Hoje, tudo que ouvimos são sobre espetáculos como o Cirque du Soleil, mas aqueles artistas, quase mambembes, que viajam o país, distribuindo alegria e encantando a todos, quase desapareceram, esquecidos embaixo de suas lonas e sobre seus picadeiros. Malabaristas, trapezistas, domadores, palhaços e todos que se envolviam naquela magia, simplesmente precisaram se adaptar ou mudar o modo de agir, para poder continuar a existir ou sobreviver. De forma cativante e emocionante, o Grupo Z nos mostra como as coisas mudam e nós terminamos esquecendo e deixando de lado para cada vez mais nos “modernizarmos”.

Depois corri para o Teatro Universitário, onde assisti novamente “Luz, Câmera, Cleópatra em Ação!”. Tá, sou amigo de quase todo o elenco, então fica dificil não acompanhar seus trabalhos. Só que, na visão de um “ator” (apesar de minha longa distância dos palcos, que permanecerá durante um bom tempo), o espetáculo segue sua proposta.

Não existe absurdo nisso. E é isso que faz com que o público busque assistir, cada dia mais. Wilson Nunes, Léia Rodrigues, Edilson Pedrini, Vander Ildefonso, Flaviano Avilloni e Fabiano Turbai, nos contam de forma encantadora a história de Cleópatra, seus dois casos romanos, Julio Cesar e Marco Antonio, seus dois irmãos-maridos, Ptolomeu XIII e XIV e seu servo Apolodório. Na pele de Melanie Marques, Wilson Nunes dá ao público várias gargalhadas, com seus maravilhosos emprovisos.

Eu fico impressionado como a classe artística e a imprensa local tem o costume de malhar os trabalhos de Wilson, sendo que ele o faz para o grande público, sem ferir a inteligência de ninguém. É bem demonstrado nesse trabalho, onde ele mostra que até mesmo a história de Cleópatra, pode ser algo engraçado e encantador, fazendo as pessoas compreenderem. Não é preciso ser um pseudo-intelectual para levar um trabalho para o palco, mas sim saber fazer um trabalho digno e com que o público venha a gostar. Se o artista não faz um trabalho para o público, faz para o que? Festivais? Mostras? Ou talvez para os outros artistas, que só vão ver uma vez!

Depois desse desabafo, vamos dar continuidade ao dia, pois no sétimo dia do Festival tem ainda espatéculos a acontecer.

Hoje (19/10/2008), temos peças teatrais acontecendo nos teatros Carlos Gomes, Universitário, Sesi e na Escola de Teatro e Dança Fafi.

Começamos com a peça “Cidade das Donzelas”, do Grupo Troupp Pás D’argent, com direção de Marcela Rodrigues, as 16:00. No Carlos Gomes, mais uma peça do Espírito Santo, “A Cor Desta Noite”, do Grupo Gota, Pó e Poeria, de Guaçuí, com direção de Carlos Ola, as 20:00. No Teatro do Sesi, a reapresentação de Dinossauros, do Grupo Cena Brasília, com direção de Guilherme Reis, as 20:00. No Teatro Universitário “Quem Casa Quer Casa”, com direção de Jota Jota, as 20:00.

Sei que está meio tarde para eu fazer a divulgação, mas se correrem a qualquer um dos teatros, conseguem pegar seus ingressos para ver algumas das peças. Se eu pudesse recomendar, diria que as pessoas devem assistir a peça de Guaçui, no Carlos Gomes ou de Brasília, no Sesi, mas cada um com seu gosto. Desejo bom espetáculos a todos e bom proveito. Abaixo, como sempre, uma sinopse sobre cada peça.

Peça: Cidade das Donzelas

Grupo Troupp Pas D’argent/RJ

Dia: 18 de outubro, às 12h

Local: Mercado da Vila Rubim

Duração: 1h

Dia: 19 de outubro, às 16h

Local: Escola de Teatro e Dança FAFI

cidade-das-donzelas[3] Sinopse

Narra a história de Carolino, que sem lenço, documento ou certidão, chega à Cidade das Donzelas no meio do sertão e se espanta ao ouvir falar que não existe nem homem nem mulher bonita naquele lugar. Fica sabendo ainda que as moças feias que habitam por lá matam qualquer um que arrisca se aproximar. Tentando desvendar esse mistério acolá, a gente embarca nessa história, temendo nunca mais voltar.

Ficha Técnica

Dramaturgia e direção: Marcela Rodrigues. Supervisão geral: Thales Coutinho (Armazém Cia. de Teatro). Concepção/confecção do figurino: Lílian Meireles e Orlando Caldeira. Arte, cenário e adereços: Natalíe Rodrigues e Marcela Rodrigues. Pesquisa de movimento: Troupp Pas D’argent. Músicos/instrumentistas convidados: Rafael Juliani, Flavio Monteiro e Kátia Jórgensen. Pesquisa popular e musical: Troupp Pas D’argent. Letras e músicas: Marcela Rodrigues. Direção e preparação vocal: Kátia Jórgensen. Direção e preparação instrumental: Rafael Juliani e Flavio Monteiro. Confecção de instrumentos: Troupp Pas D’argent, Flavio Monteiro, Renato Borges da Cruz e Ruy Pessoa. Execução das músicas e sonoplastias: Troupp Pas D’argent. Iluminação: Luiz Paulo Nenen. Operador de luz: Thiago Silva. Maquiagem e caracterização: Troupp Pas D’argent. Programação visual: Lílian Meirelles e Marcela Rodrigues. Direção de produção: Carolina Garcês e Marcela Rodriques. Produção executiva: Aline Mohamad e Darcy Ferreira. Assistente de Palco: Ana Ribeiro. Fotografia Still: Marco dos Anjos. Assessoria de imprensa: Mosaico Comunicações. Realização: Troupp Pas D’argent

Elenco: Carolina Garcês, Jorge Florêncio, Lílian Meireles, Marcela Rodrigues, Orlando Caldeira

Tel: 21 – 9698-6183 / 2234-6202 (Marcela Rodrigues)

Email: marcelateatro@yahoo.com.br

Peça: A Cor Desta Noite

Guaçui - ES

Dia: 19 de outubro, às 20h

Duração: 55 min

Local: Teatro Carlos Gomes

carlos-ola Sinopse

O desgaste na relação de um artista plástico e uma modelo é o ponto de partida para o espetáculo A Cor desta Noite. De um lado está Pedro, acostumado à rotina de seu ateliê e ao isolamento; de outro, Luíza, entediada com tudo aquilo que a ronda, querendo abrir as portas do seu universo, fugir do mundo criado em dois anos de convivência com Pedro. Na angústia de Luíza, o questionamento sobre sua vida profissional, o casamento, as fantasias e principalmente a discriminação quanto à raça negra. Em apenas uma noite, com ela trancada no ateliê e ele se recusando a abrir a porta, fazem uma reflexão sobre a vida, incluindo um flash-back de como e onde se conheceram. Depois de dois anos, as personagens revelam-se, mostram seu interior, colocam pra fora suas mentiras, suas fantasias, seus medos. Supreendem-se ao revelar, a farsa que viveram e o jogo que criaram para fugir da realidade que os cerca.

Grupo Gota, Pó e Poeira

Ficha técnica

Texto e Direção: Carlos Ola; Elenco: Neuza de Souza e Carlos Ola; Sonoplastia: Eliane Correia; Iluminação: Carlos Ola; Cenografia: Paulo Honório e Viviani Bazani; Figurino: Penha Moreira.

Tel: 27 – 9976-1487 / 9252-2287 / 3553-2826 / 3553-2954 (Carlos Francisco Ola)

Email: carlosolagota@hotmail.com ou gotapoepoeira@hotmail.com

Peça: Quem Casa Quer Casa

Vitoria - ES

Dia: 19 de outubro, às 20h

Duração: 50min.

Local: Teatro Universitário

quem_casa_quer_casa Sinopse

Peça teatral é uma comédia de costumes, gênero típico do autor Martins Pena. O texto expõe de forma lúdica as peripécias vividas por uma família no séc. XIX. A trama tem início quando um casal já de idade casa seus filhos e traz para morar consigo a temperamental nora e o genro, que é musico. Começa então um conflito de gerações e personalidades que dá inicio a uma série de confusões.

Ficha técnica

Direção e Produção: Jota Jota; Assistente de direção Warrarú Nunes; Iluminação: Everaldo Nascimento; Sonoplastia Jota Jota; Figurinista e cenotécnico: Vinicius Magalhães

Elenco: Cristina Mascarenhas, Fabrizio Leão, Mell Nascimento, Palmiery Vieira, Warrarú Nunes, Wilton Bastos, Vitória Ramos

Tel: 27 – 811-4169 / 9885-4696 (Jota Jota)

Email: jotator@bol.com.br

Peça: Dinossauros

Grupo Cena Brasília/DF

Dias: 18 e 19 de outubro, às 20h

Local: Teatro do SESI – Jardim da Penha

Duração: 1h

dinossauros[3] Sinopse

Na madrugada de uma grande cidade, dois desconhecidos se encontram e, aos poucos, estabelecem uma relação que vai do medo ao companheirismo, chegando sutilmente a uma relação de intimidade entre si e com o público. As angústias, as crises, as irrecuperáveis quedas, a tensão dos tempos e das gerações, a convivência desencontrada de cada um de nós, anjos caídos que somos, comovem e emocionam.

Ficha técnica

Texto: Santiago Serrano. Direção e Iluminação: Guilherme Reis

Elenco

Carmem Moretzsohn, Murilo Grossi

Tel: 61 – 3349-6028 (Guilherme Reis)

Email: cenabrasilia@cenacontemporanea.com.br

sábado, 18 de outubro de 2008

Circulação Cultural SECULT – 17 a 19/10

Programção Circulação Cultural - 17 a 19.10

Recebi o convite ontem e como estou no idas e vindas da qurta edição do Festival de teatrl de Vitória, terminei deixando de publicar, mas vamos lá, pois ainda tem programação para hoje (18/10/2008) e amanhã (19/10/2008).

Infelizmente, nem todo mundo pode vir a Vitória/ES para curtir o seu festival e as peças que estão acontecendo, tanto daqui, quanto de fora do estado, mas com o Circulação Cultural da SECULT-ES está levando as demais cidades do estado peças e músicos para desfrute deles.

Como eu tenho a tendência de falar somente de teatro (graças ao nome do blog), então vamos divulgar o que acontecerá. Amanhã, em João Neiva, na Praça da Matriz, estará sendo encenada a peça “A Feira”, do Grupo Vira-Lata de Teatro, as 17:30. Já em Pancas, no Auditório Municipal da cidade, será encenado o excelente “Nosferatu”, da Cia. de Teatro Urgente, com o ator e performista Marcelo Ferreira, será as 19:00.

Todos os trabalhos, sejam teatro ou música, têm entrada franca, dando oportunidade a qualquer um de poder assistir. A idéia da SECULT e fazer circular pelo estado peças e músicos de excelente qualidade para desfrute e prazer de todos.

4ª Edição do Festival Nacional de Teatro da Cidade de Vitória – Dia 06

Como eu disse, avaliarei o dia de ontem, hoje. Muito complicado assistir a tudo que estava acontecendo na sexta-feira (17/10/2008), cheguei até a ver um trecho de “Memória Ta Na Rua”, com direção de Amir Haddad, mas precisei ir para a fila pegar meu ingresso para “Metrópolis”, do Grupo Teatro Urgente, com direção de Marcelo Ferreira.

Como eu disse, para assistir as peças de ontem, as pessoas precisariam se dividir em três ou então gerar clones de si mesmo. Todas as peças, tanto no Teatro Carlos Gomes, Estação Porto e Teatro Universitário se iniciaram as 20:00, com exceção do excelente “O Figurante Invisível”, que começou como ontem, as 19:00.

Eu precisei escolher um dos trabalhos e como tenho o objetivo de assistir o máximo possível de espetáculos do Espírito Santo, fui ver “Metrópolis”.

A idéia inicial do Grupo Teatro Urgente, era se basear na obra cinematográfica de Fritz Lang, Metrópolis, onde os operários são tratados como máquinas e todos vivem em grandes arranhacéus. A idéia começa com três homens dentro de um conteiner e lá agem como se estivessem – eu entendi assim – no espaço, agindo e fazendo os mesmo movimentos, de repente um deles sai desse cotidiano e começa a questionar a tudo.

Eu já estudei com o ator, dançarino e diretor Marcelo Ferreira, e alguns podem achar um absurdo, mas nunca entendi muito seus trabalhos. Marcelo é autodidata e tudo que aprendeu foi com muito esforço e empenho, assim sendo criou seu estudo em cima da expressões corporais desenvolvidas por Kazuo Ohno e Tatsumi Hijikata, que desenvolveram o Butô e Jerzy Grotowsky, pra quem o pouco, é muito. Marcelo sempre trabalhava nosso corpo usando as técnicas de Ohno e assim é desenvolvido esse novo trabalho dele. Os corpos são como bonecos, que dentro da pequena caixa, fazem movimentos e se articulam de forma suave. Vários momentos são muito interessantes, como as várias formas que a caixa pode tomar e tudo que os atores fazem dentro dela. Não a nada como ver um belo trabalho corporal, mesmo que você entenda pouco, mas perceba a leveza e sensualidade expressada.

Agora vamos ao dia de hoje (18/10/2008), onde o Festival conquista mais um dia.

Hoje começamos com teatro de rua no mercado da Vila Rubim. A peça “Cidade das Donzelas”, do Rio de Janeiro, inicia a apresentação as 12:00. As 19:00 teremos a reapresentação de “Memória Ta na Rua”, com direção de Amir Haddad, “O Grande Circo Ínfimo”, com direção de Fernando Marques e ”Dorotéia”, com direção Andréa Freire. As 20:00 apresentam-se as peças “A Paixão e a Sina de Mateus e Catirina”, com direção de Romualdo Freitas e “Dinossuaros”, com direção de Guilherme Reis. As 21:00, mais duas peças, para fechar a noite, a reprise de “Doroteía”, uma obra do mestre Nelson Rodrigues e a comédia, sucesso de público no Teatro Galpão, “Luz, Câmera, Cléopatra em Ação”, com direção de Wilson Nunes. A peça já foi comentada por mim, aqui no blog, mas mesmo assim vou assistí-la novamente, pois gosto dos trabalhos do diretor Wilson Nunes.

Lembrando, os ingressos começarão a ser entregues, nas bilheterias dos teatros, a partir das 13:00. Se não tiver como recolher seu ingresso nesse horário e quiser se arriscar, apareça no teatro que deseja, pois se tiver local, poderão entrar e assistir.

Seguem abaixo as sinopses de cada trabalho desse dia:

Peça: Cidade das Donzelas

Grupo Troupp Pas D’argent/RJ

Dia: 18 de outubro, às 12h

Local: Mercado da Vila Rubim

Duração: 1h

Dia: 19 de outubro, às 16h

Local: Escola de Teatro e Dança FAFI

cidade-das-donzelas Sinopse

Narra a história de Carolino, que sem lenço, documento ou certidão, chega à Cidade das Donzelas no meio do sertão e se espanta ao ouvir falar que não existe nem homem nem mulher bonita naquele lugar. Fica sabendo ainda que as moças feias que habitam por lá matam qualquer um que arrisca se aproximar. Tentando desvendar esse mistério acolá, a gente embarca nessa história, temendo nunca mais voltar.

Ficha Técnica

Dramaturgia e direção: Marcela Rodrigues. Supervisão geral: Thales Coutinho (Armazém Cia. de Teatro). Concepção/confecção do figurino: Lílian Meireles e Orlando Caldeira. Arte, cenário e adereços: Natalíe Rodrigues e Marcela Rodrigues. Pesquisa de movimento: Troupp Pas D’argent. Músicos/instrumentistas convidados: Rafael Juliani, Flavio Monteiro e Kátia Jórgensen. Pesquisa popular e musical: Troupp Pas D’argent. Letras e músicas: Marcela Rodrigues. Direção e preparação vocal: Kátia Jórgensen. Direção e preparação instrumental: Rafael Juliani e Flavio Monteiro. Confecção de instrumentos: Troupp Pas D’argent, Flavio Monteiro, Renato Borges da Cruz e Ruy Pessoa. Execução das músicas e sonoplastias: Troupp Pas D’argent. Iluminação: Luiz Paulo Nenen. Operador de luz: Thiago Silva. Maquiagem e caracterização: Troupp Pas D’argent. Programação visual: Lílian Meirelles e Marcela Rodrigues. Direção de produção: Carolina Garcês e Marcela Rodriques. Produção executiva: Aline Mohamad e Darcy Ferreira. Assistente de Palco: Ana Ribeiro. Fotografia Still: Marco dos Anjos. Assessoria de imprensa: Mosaico Comunicações. Realização: Troupp Pas D’argent

Elenco: Carolina Garcês, Jorge Florêncio, Lílian Meireles, Marcela Rodrigues, Orlando Caldeira

Tel: 21 – 9698-6183 / 2234-6202 (Marcela Rodrigues)

Email: marcelateatro@yahoo.com.br

Peça: Memória Tá na Rua

Grupo Tá na Rua/RJ

Duração: 2h

Dia: 18 de outubro às 19h

Local: Praça Mário Elias da Silva - Jardim Camburi

amir-haddad Sinopse

A peça revela momentos marcantes da vida brasileira e mundial das últimas décadas. Como numa trouxa de retalhos, o espetáculo apresenta um panorama de acontecimentos variados que vão desde o desfile da Beija Flor, em 1989 (os mendigos no abre-alas e o Cristo censurado) até o assassinato do presidente chileno Salvador Allende, em 11 de setembro de 1973. Em outros momentos, entram em cena personagens como o poeta Federico García Lorca e o cantor Vicente Celestino, numa homenagem a estes e outros artistas que marcaram a história com suas criações e trajetórias de vida. A encenação acontece através de um jogo que envolve atores e público. A ordem das cenas é definida através de um “sorteio”, onde a platéia vai retirando de uma cartola os fragmentos de “Memórias” que serão apresentados. Essa dinâmica torna cada espetáculo um acontecimento único, aberto à improvisação e ao acaso, onde o imprevisível é altamente desejável.

Ficha técnica

Direção: Amir Haddad. Texto: Grupo Tá na Rua. Dramaturgia: Alexandre Santini. Produção Executiva: Disnael dos Anjos. Figurino: Miguel Campello. Direção Musical: Grupo Tá na Rua. Sonoplasta: Alessandro Perssan. Contra-regra: Pimpolho Daskandongas.

Elenco

Aldo Perrota, Alessandro Perssan, Alexandre Santini, Ana Cândida Baesso, Herculano Dias, Ingrid Medeiros, Letícia Almeida, Licko Turle, Mery Alentejo, Miguel Campelo, Mônica Saturnino, Tathiane Mattos.

Tel: 61 – 3349-6028 (Disnael dos Anjos)

Email: tanarua@tanarua.com.br

Peça: O Grande Circo Ínfimo

Vitória - ES

Dia: 18 de outubro, às 19h

Duração: 1h.

Local: Teatro Galpão

grupo_z Sinopse

A ação de O Grande Circo Ínfimo acontece às margens de uma velha estrada que já foi importante e concentrou grande fluxo, mas que, depois da criação de novas vias, ficou quase abandonada. Ali há uma hospedaria que, com a decadência da estrada, também foi sendo esquecida. É nesse cenário que se encontram a dona do estabelecimento e alguns ex-integrantes de uma trupe circense que se dispersou, depois de perceber que não podia competir com as novas formas de entretenimento. Enquanto alguns teimam em resistir com suas atividades, outros procuram caminhos que sejam mais viáveis nas novas circunstâncias.

Grupo Z de Teatro

Ficha Técnica

Texto e Direção: Fernando Marques; Assistência de direção: Carla van den Bergen; Direção de produção: Carla van den Bergen; Produção executiva: Fabiana Junquilho e Francina Flores; Cenário e figurino: Francina Flores; Iluminação e operadora de luz: Carla van den Bergen;

Elenco: Alexsandra Bertoli, Daniel Boone, Fernando Marques, Francina Flores

Tel: 27 – 8809-0277 (Francisco Fernandes Marques Júnior)

Email: grupozdeteatro@grupozdeteatro.com.br

Peça: Dorotéia

De Nelson Rodrigues – Associação Cultural Oficina de Criação Teatral/ MS

Dia: 18 de outubro, às 19h e às 21h

Local: Estação Porto – Armazém 5

Duração: 1h15

doroteia_cartaz Sinopse

A peça desenvolve-se num universo repleto de absurdos, criado pela imaginação das personagens: a abstrata casa de três primas viúvas, todas de luto, num vestido longo e castíssimo. Elas conservam-se em obstinada vigília através dos anos. Nenhuma jamais dormiu para jamais sonhar. Sabem que no sonho rompem volúpias secretas e abomináveis. São feias, têm a pele cheia de espinhas e erupções. Pertencem a uma família na qual as mulheres possuem um defeito de visão: não enxergam os homens. Casam-se sem ver os maridos e, na noite de núpcias, são acometidas por uma náusea, depois da qual seus noivos apodrecem, vão se decompondo. Usam máscaras que representam a duplicidade da realidade em que vivem. Dorotéia é a prima que tem o rosto belo e nu, se veste de vermelho e é a única mulher da família que vê os homens. Só no final, ao se perder de si mesma e assumir a personalidade imposta pela artificialidade e hipocrisia social, renunciando em definitivo à beleza e à vitalidade, ela portará uma máscara hedionda.

Ficha técnica

Texto: Nelson Rodrigues. Direção: Andréa Freire. Cenários e figurinos: Telumi Hellen. Música de cena: Evandro Higa. Iluminação: Renato Machado. Preparação corporal: Miriam Gimenes. Preparação de voz: Inesila Montenegro. Assistente da direção: Belchior Cabral. Produção: Belchior Cabral/Andréa Freire. Assistente de cenários e figurinos: Márcia Gomes. Confecção de cenários: Cláudio Lucchese e alunos do Curso de Arquitetura da UNIDERP. Confecção de figurinos: Ladir Nantes de Melo, Rosária Escobar Freire e alunos do Curso de Moda da UNIDERP. Operador de luz: Cadu Fluhyr. Operador de sonoplastia: Bianca Ribeiro. Técnico de montagem: Rodrigo Werneck

Classificação: 14 anos

Elenco

Ana Luiza Laurentino, Andréa Freire, Michelly Dominq, Jurema de Castro, Camila Britto, Natali Allas dos Santos

Tel: 57 – 8136-4680 (Andrea)

Email: octteatro@gmail.com

Peça: A Paixão e a Sina de Mateus e Catirina

Tropa do Balacobaco - Arcoverde/PE

Dia: 18 de outubro, às 20h

Local: Theatro Carlos Gomes

Duração: 1h20

tbb4 Sinopse

Catirina, grávida de mais de 12 meses, está com desejo de comer língua de boi. Mateus, por ela apaixonado, tenta de todas as formas driblar as vontades de sua amada, mas por fim, arranca a língua do boi do patrão como prova de amor. O patrão trouxera o novilho para presentear sua filha em seu aniversário e quando vê o animal a estrebuchar, promete matá-los se não derem um jeito. O casal faz de tudo, e cansados de fracassar, resolvem festejar enquanto é tempo. Então acontece o que não esperavam mais, ao som da música, o boi sai a rodar e dançar e cai na folia varrendo o chão. A brincadeira é dividida em cortejo e dramatização, e essa dinâmica depende da interação do público.

Ficha técnica

Texto e direção: Romualdo Freitas. Direção musical: Lula Moreira/Cacau Arcoverde. Figurino/maquilagem: Pedro Gilberto. Execução de figurino: Sandra Lira. Cenário: Romualdo Freitas/Tropa. Execução de cenário e adereços: Tropa. Programação visual: Pedro Gilberto. Digitalização: Márcio Arantes. Projeto de iluminação: Saulo Uchoa. Preparação corporal: Fabian Queiroz. Preparação vocal: Eduardo Espinhara. Assessoria pedagógica: José Manoel. Fotografia: Rodolfo Araújo. Produção: Zácaras Garcia.

Elenco

Ronald Bryan, Pedro Gilberto, Mário Arantes, William di Castilho, Wellington França, Everaldo Marques, Givaldo Silva, Fabiana Moraes, Fábio Beserra, Fabian Queiroz, Lula Moreira, Romualdo Freitas, Wellington Santos, Dalva Laranjeiras

Tel: 87 – 9929-6450 / 8833-2038 (Romualdo Freitas)

E-mail: rfreitasr@yahoo.com.br

Peça: Dinossauros

Grupo Cena Brasília/DF

Dias: 18 e 19 de outubro, às 20h

Local: Teatro do SESI – Jardim da Penha

Duração: 1h

dinossauros Sinopse

Na madrugada de uma grande cidade, dois desconhecidos se encontram e, aos poucos, estabelecem uma relação que vai do medo ao companheirismo, chegando sutilmente a uma relação de intimidade entre si e com o público. As angústias, as crises, as irrecuperáveis quedas, a tensão dos tempos e das gerações, a convivência desencontrada de cada um de nós, anjos caídos que somos, comovem e emocionam.

Ficha técnica

Texto: Santiago Serrano. Direção e Iluminação: Guilherme Reis

Elenco

Carmem Moretzsohn, Murilo Grossi

Tel: 61 – 3349-6028 (Guilherme Reis)

Email: cenabrasilia@cenacontemporanea.com.br

Peça: Luz, Câmera, Cleópatra em Ação

Vitória - ES

Dia: 18 de outubro, às 21h

Duração: 1h20min

Local: Teatro Universitário

luz_camera_cleopatra.em.acao Sinopse

A mais importante e soberana rainha que o Egito já teve é trazida aos palcos numa releitura bem humorada, baseada em fatos e registros históricos. Narra o relacionamento da deusa do Egito com os romanos Julio Cesar e Marco Antonio, evidenciando seu poder de sedução, sua ambição e seu poder, mostrando porque Cleópatra se tornou um dos maiores ícones da história antiga.

Ficha técnica

Texto: Edilson Pedrini; Direção: Wilson Nunes; Sonoplastia: Mariana Araújo; Iluminação: Iara Mendes; Figurinos: Angela Mendes; Adereços: Sandra Nunes e Mara Nunes; Cenário: Weber Pedra Wilson Nunes; Desing gráfico: Fabiano Turbay; Fotografias: Wagner Breciane; Assessoria de imprensa: Edilsosn Pedrini; Coordenação técnica: Sara Mendes; Produção: Edilson Pedrini e Wilson Nunes

Elenco: Edilson Pedrini, Fabiano Turbay, Flaviano Avilloni, Léia Rodrigues, Vander Ildefonso, Wilson Nunes

Tel: 27 – 9981-6795 / 3235-7020 (Edilson Pedrini Ramos)

Email: edilsonpedrini@hotmail.com